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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Novas (esperançosas) surpresas do Papa Francisco


Parece que o novo Papa não vai mudar apenas a cadeira onde se senta. Se depender das suas idéias quando era apenas cardeal, aí vem mais novidades. Veja algumas das “surpresas”, pequenas e grandes, reveladas pelo Cardeal Jorge Mario Bergoglio, atual Papa Francisco, ou bispo de Roma, conforme prefere ser chamado. Elas estão no livro-entrevista de Sergio Rubin e Francesca Ambrogetti, com o título El Jesuíta, publicado na Argentina, e agora à venda também em outros países, entre eles a Itália.
Numa passagem do livro, Bergoglio critica as pregações dos conservadores:
Suas homilias (explicações do Evangelho na missa) que deveriam ser querigmáticas (que se referem às coisas realmente importantes da fé cristã), acabam sendo moralizantes. E dentro da moral – embora não tanto nas homilias como em outras ocasiões – prefere-se falar da moral sexual, de tudo o que tem algum vínculo com o sexo. Dizer que isso pode, aquilo não pode. Que isso é pecado, aquilo não. E então relegamos o tesouro de Jesus vivo, o tesouro do Espírito Santo em nossos corações, o tesouro de um projeto de vida cristã que tem muitas outras implicações para além das questões sexuais. Deixamos de lado uma catequese riquíssima, com os mistérios da fé, do Credo e acabamos nos centrando em se fazemos ou não uma marcha contra um projeto de lei que permite o uso da camisinha. 

Em outro momento, confessa: “Creio, sinceramente, que a opção básica da Igreja, na atualidade, não é diminuir ou tirar prescrições ou tornar mais fácil isto ou aquilo, mas sair às ruas para encontrar as pessoas, conhecer as pessoas por seu nome. Mas não só porque essa é sua missão, sair para anunciar o Evangelho, mas porque não fazê-lo produz prejuízo. [...] É verdade que, se alguém sai às ruas, pode lhe acontecer o que acontece a qualquer cidadão comum: acidentar-se. Mas prefiro mil vezes ter uma Igreja acidentada a uma Igreja doente”.
Será que a Cúria Romana vai permitir que Bergóglio viva e atue segundo suas convicções ou vai fazer dele um fantoche do obscurantismo autoritário e medieval que domina o Vaticano? 

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