Trágico, se não fosse cômico
Pérolas
do discurso de Marco Feliciano, pastor e deputado federal - PSC-SP) – ao ser eleito
ontem pela bancada do seu partido para assumir a presidência da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara – Folha de S. Paulo, 06-03-2013
“Vivemos
uma ditadura gay”
"Quero lembrar a todo mundo que um dos maiores nomes dos direitos
humanos do mundo foi também um pastor: o pastor Martin Luther King. Era um
pastor pentecostal como eu. E foi um grande representante, um cristão convicto.
E por que essa história não pode se repetir?"
“Sou
pastor e prego para pessoas de todas as etnias. Nunca, nem antes nem depois
desse episódio, fui considerado racista, inclusive porque corre em minhas veias
sangue negro também. Amo o continente africano. Sou querido pelo povo de
Angola, onde fiz trabalhos”
“Sobre
homossexuais, minha posição é mais tolerante do que se pode imaginar. Como
cristão, aprendi no Evangelho que somos todos criaturas de Deus. Nunca me
dirigi a nenhum grupo de pessoas com desrespeito. Apenas ensino o que aprendi
na Bíblia, que não aprova a relação sexual nem o casamento entre duas pessoas
do mesmo sexo. Fora isso, a salvação está ao alcance de todos. Essa é a minha
fé - só prego o amor e o perdão”
Evangélicos contra o pastor
"O Deputado Federal Pastor. Marco Feliciano não tem atuação parlamentar prévia em nenhum tema que o habilite para assumir este cargo, correndo grande risco de representar de maneira equivocada diferentes segmentos da sociedade que ainda experimentam a violação de seus direitos, bem com de como de prejudicar a imagem dos cristãos evangélicos em nosso país”. - Justificativa dada pela Rede Fale, ligada à Aliança Bíblica Universitária do Brasil para sua posição contra a escolha de Marcos Feliciano para presidir a CDH da Câmara.
Evangélicos contra o pastor
"O Deputado Federal Pastor. Marco Feliciano não tem atuação parlamentar prévia em nenhum tema que o habilite para assumir este cargo, correndo grande risco de representar de maneira equivocada diferentes segmentos da sociedade que ainda experimentam a violação de seus direitos, bem com de como de prejudicar a imagem dos cristãos evangélicos em nosso país”. - Justificativa dada pela Rede Fale, ligada à Aliança Bíblica Universitária do Brasil para sua posição contra a escolha de Marcos Feliciano para presidir a CDH da Câmara.
Mais um evangélico
“A notícia de que Edir Macedo entrou para a lista de
bilionários da revista Forbes dá uma boa noção do poder aquisitivo da nova
classe média brasileira: sobra cada vez mais dinheiro para o dízimo no salário
do trabalhador” –Tutty Vasques, humorista – O Estado de S. Paulo,
06-03-2013.
Raposa no galinheiro
“O deputado Marco Feliciano é um inimigo público e declarado de minorias estigmatizadas e tem um discurso público que estimula a violação da dignidade humana desses grupos” – Jean Wyllys, deputado federal – PSOL-RJ – Folha de S. Paulo, 06-03-2013.
“O deputado Marco Feliciano é um inimigo público e declarado de minorias estigmatizadas e tem um discurso público que estimula a violação da dignidade humana desses grupos” – Jean Wyllys, deputado federal – PSOL-RJ – Folha de S. Paulo, 06-03-2013.
Perguntas que não querem calar
Do deputado federal Jean Wyllys, do PSOL-RJ – Folha de S. Paulo, 06-03-2013.
“Como pode presidir
uma comissão de direitos humanos e minorias um deputado que disse que o problema
da África negra é "espiritual" porque "os africanos descendem de
um ancestral amaldiçoado por Noé", revivendo uma interpretação distorcida
e racista da Bíblia, que já foi usada no passado para justificar a escravidão
dos negros?”
“Como
pode presidir uma comissão de direitos humanos e minorias um deputado que se
referiu à Aids como "o câncer gay"? Um deputado que defende um
projeto de lei para obrigar o Conselho Federal de Psicologia a aceitar supostas
"terapias de reversão da homossexualidade" anticientíficas e baseadas
em preconceitos”
Caolho perigoso
“Um deputado que quer criminalizar o povo de
terreiro e enviar pais e mães de santo à cadeia por rituais religiosos que
estão presentes nos mesmos capítulos da Bíblia que ele usa para injuriar os
homossexuais? Ele lê a Bíblia com um olho só” – do mesmo Jean Wyllys,
deputado federal – PSOL-RJ – Folha de S. Paulo, 06-03-2013.
Cristão, que cristão?
“Eu me formei num cristianismo que acolhe os diferentes,
respeitando sua dignidade. Eu me apaixonei na juventude por esse cristianismo
que deu origem à Teologia da Libertação, que participou da luta contra a
ditadura e que nos deu grandes referências. O PSC, lamentavelmente, não tem
nada a ver com isso. E Marco Feliciano menos ainda!”– ainda Jean Wyllys no mesmo discurso
Dilma promete e garante
"Eu vou acelerar a reforma agrária com terra de
qualidade. Eu quero todo mundo cadastrado para ganhar terra" –presidenta Dilma Rousseff,
no 11º Congresso Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais –Folha de S. Paulo, 06-03-2013.
De volta ao economês
De volta ao economês
“Há um excesso de pessimismo no ar,
agora mais estimulado pela lamentável antecipação da campanha eleitoral. Ela
introduz um viés político na análise que dificulta o acordo sobre o que se deve
fazer para recuperar um crescimento mais robusto sem pressionar a taxa de
inflação” – Antonio Delfim Netto, economista – Folha de S. Paulo,
06-03-2013.
Sopa de letrinhas
“A nossa saída da crise de 2008, que parecia um V, está
mais para um W” – Antonio Delfim Netto, economista – Folha de S. Paulo,
06-03-2013.
Astrologia delfiniana
“Já consumimos quase 1/4 do ano de 2013, mas ele ainda não
está escrito nas estrelas: será o que, em cooperação, governo e setor privado
souberem e fizerem dele!” – Antonio Delfim Netto, economista – Folha de S. Paulo,
06-03-2013.
Morto bonzinho
“Durante seu (Hugo Chávez) governo, a estatal petrolífera
PDVSA destinou US$ 123,7 bilhões para programas sociais. Só em 2011 foram US$
39,6 bilhões, mais que o desembolsado naquele ano pelo programa Bolsa Família,
do Brasil, cuja população é quase seis vezes maior” – editorial “Hugo
Chávez” – Folha de S. Paulo, 06-03-2013.
Invertendo a direção
"A força do chavismo não está na eficácia para
governar, mas no fato de que o regime mudou a orientação dos benefícios da
renda do petróleo na Venezuela. Antes, esta se distribuía mais para cima do que
para baixo. Chávez abriu espaços de inclusão social para os mais pobres, gerou
opções de enriquecimento para novas elites e propiciou a esses setores
identidade política e poder. Isso mudou a Venezuela para sempre" – Joaquim Villalobos,
analista político – Folha de S. Paulo, 06-03-2013.
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